terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Chofer de Praça



Título original: Chofer de Praça
Gênero: Comédia
Duração: 97 min.
Lançamento (Brasil): 1958
Estúdio: Estúdios da Vera Cruz
Distribuição: Sino Filmes
Direção:Milton_Amaral
Argumento: Amácio Mazzaropi
Roteiro: Carlos Alberto Souza Barros
Diálogos: Amácio Mazzaropi e José Soares
Produção: Felix Aidar e Produções Amácio Mazzaropi - PAM Filmes
Música: Hector Lagna Fietta
Fotografia: Rodolfo Icsey
Desenho de produção: Geraldo Ambrosio
Edição: Lucio Braun e Gilberto Costa
Continuidade: J. Carlos Ferrarezi
Curiosidades
Canções:< "Se alguém telefonar", de Alcir Pires Vermelho e Jair Amorim, canta - Lana Bittencourt - Columbia "Onde estará meu amor", de Rina Posce, canta – Agnaldo Rayolstyle "Izabel não chores", de Bolinha, canta - Mazzaropi - Chantecler. Primeiro filme produzido por Mazzaroppi, que gastou todas as suas economias para produzir a fita. Sem dinheiro para fazer as cópias, saiu fazendo shows pelo interior afora. Sinopse: Zacarias e a mulher vão à cidade para ajudar o filho que quer ser médico. O Jeca vai trabalhar como chofer de taxi. Elenco: Amácio Mazzaropi (Zacarias, vulgo Caría) Geny Prado (Augusta) Ana Maria Nabuco (Iolanda) Carmem Morales (Rita) Maria Helena Dias (noiva rica) Roberto Duval (pai da noiva rica) Celso Faria Marlene Rocha Nina Marques Nena Viana Benedito Lacerda Jota Neto Biguá José Soares Luiz Orioni Reinaldo Martini Cavagnole Neto Vic Marino Robertinha Bolinha José Miranda Joel Cardoso Hamilton Saraiva Elpídio dos Santos Sebastião Barbosa Joel Mellin Rubens Assis Clenira Michel Nadir Leite Cidoca Dhalia Marcondez Julieta Faya Olinda Fernandez Lola Garcia Agnaldo RayolFrancis Ramos

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

O Noivo da Giraffa





Título original: Noivo da Girafa
Gênero: Comédia
Duração: 92 min.
Lançamento (Brasil): 1957
Estúdio: Estúdio cinematográfico da TV-Rio Cinelândia Filmes
Regravação e Mixagem: Estúdio da Vera Cruz, São Bernardo do Campo, SP
Direção: Victor Lima
Assistente de direção: Oscar Nelson
Roteiro: Victor Lima
Produção: Oswaldo Massaini, Cinelândia Filmes e Cinedistri
Produtor associado: Alípio Ramos e Eurides Ramos
Direção de produção: Alípio Ramos - Assistente de produção: João Macedo
Música: Radamés Gnatalli
Fotografia: Hélio Barrozo Neto
Assistente de câmera: Hélio Costa
Sonografia: Marcelo Barbosa
Assistente de som: Paulo Roberto
Edição: Hélio Barrozo Neto
Curiosidades
Baseado numa história de Araldo Morgantini
Números musicais:
"Cabra Chico" (José Luís, Vivaldo Medeiros e Juca), com Mazzaropi; "A saudade ficou" (música tradicional com texto de Alípio Ramos), com Mazzaropi;
"Chuva bendita" (Elpídio dos Santos e Conde), com Mazzaropi
Filmado no Jardim Zoológico da Quinta da Boa Vista, Rio de Janeiro. Disponível em vídeo.
Estréia de Daniel Filho no cinema.

Sinopse:A história das confusões vividas por Aparício Boamorte que trabalha no Jardim Zoológico e tem uma girafa como confidente para desabafar as broncas que leva de todas as pessoas com quem se relaciona.

Elenco
Mazzaropi (Aparício Boamorte)
Glauce Rocha (Inesita)
Nieta Junqueira (Xantipa)
Roberto Duval (poeta)
Manoel Vieira
Celeneh Costa
Francisco Dantas
Palmerim Silva
Arnaldo Montel
Benito Rodrigues
Joyce de Oliveira
Pachequinho
Armando Nascimento
Carlos Duval
Walter Moreno
Ferreira Leite
Waldir Maia
José Silva
Vera Lúcia (Aninha)
Zulmira Aguiar

domingo, 6 de dezembro de 2009

O Gato de Madame





Título original: O Gato de Madame
Gênero: Comédia
Duração: 90 min.
Lançamento (Brasil): 1956
Estúdio: Estúdios da Vera Cruz
Distribuição: Columbia Pictures
Direção: Agostinho Martins Pereira
Assistente de Direção: Lucio Braun
Argumento: Abílio Pereira de Almeida
Roteiro: Agostinho Martins Pereira e Abílio Pereira de Almeida
Produção: Galileu Garcia e Cinematográfica Brasil Filme Ltda
Música: Enrico Simonetti
Fotografia: Chick Fowle (Henry F. Foule)
Desenho de produção: Pierino Massenzi
Figurino: Silvio Ramirez
Edição: Mauro Alice
Assistente de edição: Lyda Sobolewska
Continuidade: Vilma R. Pereira
Curiosidades

Canção: "Na piscina de madame", de Conde e Elpídio dos Santos.
Este filme marca a estréia de Odete Lara no cinema.

Sinopse:Um engraxate que se envolve casualmente com uma quadrilha de bandidos ao encontrar um gato perdido cuja proprietária oferece uma promissora gratificação a quem devolvê-lo.

Elenco: Amácio Mazzaropi (Arlindo)
Odete Lara (Princesa Isabel)
Carlos Cotrim
Lima Netto
Gilberto Chagas
Roberto Duval
Leo de Avelar
Henricão
Osmano Cardoso
José Nuzzo
Inaija Vianna
Jorge Petrov
José Mercaldi
Tito L. Baccarini
Aída Mar
Cavagnole Neto
Raquel Forner
Claudionor Lima
Aristides Manzani
Reinaldo Martini
Joãozinho (o gato)
Beyla Genauer

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

A Carrocinha





Título original: A Carrocinha
Gênero: Comédia
Duração: 100 min.
Lançamento (Brasil): 1955
Estúdio: Multifilmes S.A
Distribuição: Fama Filme Ltda e Luso Filmes
Direção: Agostinho Martins Pereira
Assistente de direção: Galileu Garcia family
Argumento: Walter George Durst
Roteiro: Walter George Durst, Agostinho Martins Pereira, Galileu Garcia e Jacques Deheinzelin
Produção: Jaime Prades
Música: Enrico Simonetti
Fotografia: Jacques Deheinzelin
Desenho de produção: Franco Ceni
Edição: Lúcio Braun]
Continuidade: Zélia Ianello
Letreiros: Oscar
Adestrador de cães: Jordano Martinelli
Curiosidades Baseado em história "Quase a guerra de Tróia"
Canções:"Céu sem luar", de Enrico Simonetti e Randal Juliano;
"Cai sereno", de Elpídio dos Santos e Conde.
Lançamento setembro 1955.
O produtor Jaime Prades alugou os estúdios da Multifilmes para realizar este filme.

Sinopse:Promovido a laçador de cães por obra do prefeito de uma cidade do interior que quer livrar-se da cadelinha de estimação de sua esposa, o chefe da carrocinha se indispõe contra a população local e se apaixona por uma linda "caipirinha" que adora cachorros.

Elenco:Amácio Mazzaropi (Jacinto)
Dóris Monteiro (Ermelinda)
Modesto de Souza (Juca Miranda)
>Adoniran Barbosa (Salvador)
Gilberto Chagas (Alinor)
João Silva (Lisboa)
Aidar Mar (Clotilde)
Paulo Saffioti (Teotônio)
Nicolau Sala (padre Simão)
Salles de Alencar (Abel Fragoso)
José Nuzzo (Tatu)
Luiza de Oliveira (Dona Hortênsia)
Reinaldo Martini (Paulo)
Diná Machado (tia Josefa)
José Gomes (tio José)
Nieta Junqueira
Galileu Garcia
Jordano Martinelli
Bento Souza
Luiz Francunha
Duque (Cão)

sábado, 7 de novembro de 2009

Candinho





O Candinho
Ficha Técnica
Título original: Candinho
Gênero: Comédia
Duração: 95 min.
Lançamento (Brasil): 1954
Estúdio: Companhia Cinematográfica Vera Cruz
Distribuição: Columbia Pictures
Direção: Abílio Pereira de Almeida
Assistente de Direção: Cesar Mêmolo Jr. e Léo Godoystyle
Roteiro: Abílio Pereira de Almeida
Produção: Cid Leite da Silva, Vittorio Cusane e Rigoberto
Música: Gabriel Migliori
Fotografia: Edgar Brasil
Desenho de produção: Antônio Gomide
Edição: Mauro Alice
Assistente de Montagem: Katsuichi Inaoka
Maquiagem: Jerry Fletcher
Continuidade: Yolanda Menezes
Curiosidades
Baseado no romance "Candide", de Voltaire.
O filme possui um detalhe que poucos na ocasião observaram: trata-se de uma adaptação livre do clássico do otimismo, "Candide" de Voltaire. Coloca o personagem humilde do interior em confronto com a deslumbrante cidade grande.
Terceiro e último filme de Mazzaropi na Vera Cruz.
Pela primeira vez, e com grande felicidade, Mazzaropi assume o papel de caipira, que posteriormente será sua marca registrada.
Lançamento em 25/01/1954, no cine Art Palácio e circuito de 25 salas, São Paulo.
Canções: "O galo garnisé", de A. Almeida e L. Gonzaga; "Não me diga adeus", de F. da Silva Correa e Luiz da Silva; "Ave Maria do morro", de Herivelto Martins; "Vida Nova", de Borba S. Rubens; "É bom parar", de Rubens Soares (copyright I. Vitali), "O orvalho vem caindo", de Noel Rosa; Kid Pepe, "Mamãe eu quero", de Vicente Paiva e e Jararaca (copyright Mangione); "A saudade mata a gente", de Antonio de Almeida e João de Barros; "IV Centenário", de Mário Zan e J. M. Alves (copyright U-B-C-); "O que ouro não arruma", de Mário Vieira; "Meu Policarpo", de Mara Lux e Reinaldo Santos.

Sinopse:Como o Moisés bíblico, Candinho foi encontrado nas águas, só que nas águas sujas de um riacho. Ao seu lado estava um jumentinho, chamado Policarpo. Candinho e o jumento crescem juntos, mas, um dia Candinho, um pouco mais inteligente que Policarpo, convenceu-se de que a vida era muito dura: por qualquer coisa errada, era espancado pelo seu benfeitor, o proprietário da fazenda, e decide fugir para São Paulo. A grande Babel assusta os dois caipiras. Candinho conhece Filoca, uma taxi-girl por quem se apaixona. Qualquer semelhança, mesmo que vaga, com o Cândido de Voltaire é claramente intencional.

ElencoAmácio Mazzaropi (Candinho)
Marisa Prado (Filoca
Ruth de Souza (Dª Manuela)
Adoniran Barbosa (Professor Pancrácio)
Benedito Corsi (Pirulito)
Xandó Batista (Vicente)
Domingos Terras (Coronel Quinzinho)
Nieta Junqueira (Dª Eponina)
Labiby Madi (Dona Hermione)
Ayres Campos (Delegado)
Sydnea Rossi (Dª Antonieta)
John Herbert (Quincas)
Salvador Daki (Lalau)
Manoel Pinto
Abílio Pereira de Almeida
Pedro Petersen
Luiz Calderaro
Nélson Camargo
Antônio Fragoso
Tito Lívio Baccarin

Maria Luiza Splendore
Eugênio Montesano
Lourenço Ferreira
Jordano Martinelli
Duque (Cão)
Artur Herculano
Figurinha (monociclo e malabares)
Antônio Miro
Cavagnole Neto
Izabel Santos
China
Maria Olenewa Ballet

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Nadando em Dinheiro





Nadando em Dinheiro

Título original: Nadando Em Dinheiro
Gênero: Comédia
Duração: 90 min.
Lançamento (Brasil): 1953
Estúdio: Companhia Cinematográfica Vera Cruz (São Bernardo do Campo)
Distribuição: Columbia Pictures do Brasil
Direção: Abílio Pereira de Almeida e Carlos Thiré
Roteiro:
Produção: Pio Piccinini e Vera Cruz
Música:Radamés Gnatalli
Fotografia: Nigel C. (Bob) Huke
Câmera: Jack Mills
Desenho de produção: Pierino Massenzi
Figurino: Simona de Moura
Edição: Oswald Haffenrichter, Álvaro Novais, Germano Arlindo, e Walter Vitalino
Continuidade: Maria Aparecida de Lima
Curiosidades
Continuaçao de Sai da Frente, com Mazaroppi novamente no papel do motorista Isidoro.
Locações mansão na Av. Paulista, São Paulo.
Lançamento 27/10/52, em circuito de 38 cinemas em São Paulo e arredores.
Sinopse:Isidoro, depois de um acidente de carro, descobre que é herdeiro único de uma grande fortuna. Muda-se para a mansão herdada e começa a viver como milionário. Num jantar de gala descobre que as pessoas presentes à festa caçoavam de seus modos de novo rico. Isidoro começa a ter uma vida dupla, que acaba provocando uma série de confusões. Quando sua esposa decide deixá-lo, ele lhe conta de sua nova situação financeira pedindo-lhe, em vão, que volte. Triste, ele volta à sua mansão, onde é atacado por robôs que comprara de um investidor. Contudo, quando os robôs atacam, Isidoro acorda em sua pequena casa ao lado de sua mulher e filha. Nadando em dinheiro, mas ....em sonho.
Amácio Mazzaropi (Isidoro Colepícula)
Ludy Veloso (Maria)
A.C. Carvalho (Eufrásio)
Liana Durval
Nieta Junqueira (Xantipa)
Carmem Muller
Xandó Batista
Vicente Leporace
Elisio de Albuquerque
Nelson Camargo
Ayres Campos
Sérgio Hingst
Francisco Arisa
Jaime Pernambuco
Napoleão Sucupira
Domingos Pinho
Bruno Barabani
Jordano Martinelli
Wanda Hamel
Joaquim Mosca
Albino Cordeiro
Labiby Madi
Maria Augusta Costa Leite
Pia Gavassi
Isabel Santos
Carlos Thiré
Oscar Rodrigues de Campos
Vera Sampaio
Luciano Centofant
Maury E. Viveiros
Antônio Augusto Costa Leite
Francisco Tamura
Angelita Monteiro
Cão Duque

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Sai da Frente






Título original: sai da Frente
Gênero: Comédia
Duração: 80 min.
Lançamento (Brasil): 1952
Estúdio: Estúdios da Vera Cruz (São Bernardo do Campo)
Distribuição: Columbia Pictures do Brasil
Direção: Abílio Pereira de Almeida
Assistente de direção: Carlos Thiré, Toni Rabatoni e Gallileu Garcia
Roteiro: Abilio Pereira de Almeida e Tom Payne
Produção: Pio Piccinini, Vera Cruz
Música:Radamés Gnatalli
Fotografia: Nigel C. (Bob) Huke
Câmera: Jack Mills
Desenho de produção: Pierino Massenzi
Figurino: Bassano Vaccarini
Maquilagem: Valerie Fletcher
Edição: Oswald Haffenrichter, Álvaro Novaes, Mauro Alice e Germano Arlindo
Continuidade: Bernardeth Ruch

Premiações
Prêmio Saci 1952 de melhor atriz secundária para Ludy Veloso
Curiosidades
Estréia de Mazaroppi nos cinema, até então artista de sucesso no circo, rádio e televisão.
O Filme foi um grande sucesso e tirou a Vera Cruz temporariamente das dificuldades financeiras.
Lançamento 25/06/1952, cine Marabá e circuito 12 salas, SP.
Sinopse:Isidoro é dono de um caminhãozinho, cujo apelido é Anastácio. Seu principal amigo é um cão chamado Coronel, interpretado pelo cão Duque, famoso astro da Vera Cruz. O filme se desenrola no decorrer de um dia. Isidoro é contratado para transportar alguns móveis para Santos. Descendo a serra pela Via Anchieta, até atingir o grande porto, Isidoro provoca inúmeras situações cômicas, que se iniciam com a descoberta de uma jovem noiva, que fugiu em pleno cortejo de seu casamento, escondida num armário.
Elenco
Amácio Mazzaropi (Isidoro Colepicola)
Ludy Veloso (Maria)
Leila Parisi
A. C. Carvalho (Eufrásio)
Nieta Junqueira (Dona Gata)
Solange Rivera
Luiz Calderaro
Vicente Leporace
Luiz Linhares
Francisco Arisa
Xandó Batista
Bruno Barabani
Danilo de Oliveira
Renato Consorte
Príncipes da Melodia
José Renato
Francisco Sá
Danilo de Oliveira
Bruno Barabani
Joe Kantor
Milton Ribeiro
Jordano Martinelli
Izabel Santos
Maria Augusta Costa Leite
Carlo Guglielmi
Labiby Madi
Jaime Pernambuco
Galileu Garcia
José Renato Pécora
Tony Rabatoni
Ayres Campos
Dalmo de Melo Bordezan
José Scatena
Vitório Gobbis
Olívio Melo
Martins Melo
Rosa Parisi
Carmem Muller
Annie Berrier
Nôemia Soares
Antônio Dourado
Cão Duque (Coronel)

História




Filho de Bernardo Mazzaroppi, imigrante italiano e Clara Ferreira, portuguesa, com apenas dois anos de idade sua família muda-se para Taubaté, no interior de São Paulo. O pequeno Amácio passa longas temporadas no município vizinho de Tremembé, na casa do avô materno, o português João José Ferreira, exímio tocador de viola e dançarino de cana verde. Seu avô também era animador das festas do bairro onde morava, às quais levava seus netos que, já desde cedo, entram em contato com a vida cultural do caipira, que tanto inspirou Mazzaropi.

Em 1919, sua família volta à capital e Mazzaropi ingressa no curso primário do Colégio Amadeu Amaral, no bairro do Belém. Bom aluno, era reconhecido por sua facilidade em decorar poesias e declamá-las, tornando-se o centro das atenções nas festas escolares. Em 1922 morre o avô paterno e a família muda-se novamente para Taubaté, onde abrem um pequeno bar. Mazzaropi continua a interpretar tipos nas atividades escolares e começa a freqüentar o mundo circense. Preocupados com o envolvimento do filho com o circo, os pais mandam Amácio aos cuidados do tio Domenico Mazzaroppi em Curitiba, onde trabalha na loja de tecidos da família.

Já com quatorze anos, regressa à capital paulista ainda com o sonho de participar em espetáculos de circo e, finalmente, entra na caravana do Circo La Paz. Nos intervalos do número do faquir, Mazzaropi conta anedotas e causos, ganhando uma pequena gratificação. Sem poder se manter sozinho, em 1929 Mazzaropi volta a Taubaté com os pais, onde começa a trabalhar como tecelão, mas não consegue se manter longe dos palcos e atua numa escola do bairro.

O teatro, o rádio e a televisão

Com a Revolução Constitucionalista de 1932 segue-se uma grande agitação cultural e Mazzaropi estréia em sua primeira peça de teatro, chamada A herança do Padre João. Já em 1935, consegue convencer seus pais a seguir turnê com sua companhia e a atuarem como atores. Até 1945, a Troupe Mazzoropi percorre muitos municípios do interior de São Paulo, mas não há dinheiro para melhorar a estrutura da companhia.

Com a morte da avó materna, Dona Maria Pita Ferreira, Mazzaropi recebe uma herança suficiente para comprar um telhado de zinco para seu pavilhão, podendo assim estrear na capital, com atuações elogiadas por jornais paulistanos. Depois, parte com a companhia em turnê pelo Vale do Paraíba. A grave situação de saúde de seu pai complica a situação financeira da companhia de teatro e, em 8 de novembro de 1944, falece Bernardo Mazzaroppi.

Dias após a morte de seu pai, estréia no Teatro Oberdan ao lado de Nino Nello, sendo ator e diretor da peça Filho de sapateiro, sapateiro deve ser, acolhida com entusiasmo pelo público.

Em 1946, convidado por Dermival Costa Lima da Rádio Tupi, estréia o programa dominical Rancho Alegre, encenado ao vivo no auditório da rádio no bairro do Sumaré e dirigido por Cassiano Gabus Mendes. Em 1950, este mesmo programa estreou na TV Tupi, mas agora contava com a coadjuvação dos atores João Restiffe e Geny Prado.
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O cinema

Convidado por Abílio Pereira de Almeida e Franco Zampari, Mazzaropi estréia seu primeiro filme, intitulado Sai da Frente, em 1952, rodado pela Companhia Cinematográfica Vera Cruz, onde filmaria mais duas películas. Com as dificuldades financeiras da Vera Cruz, Mazzaropi faz, até 1958, mais cinco filmes por diversas produtoras.

Naquele mesmo ano, vende sua casa e cria a PAM Filmes (Produções Amácio Mazzaropi). O primeiro filme da nova produtora é Chofer de Praça, que agora passa não só a produzir, mas distribuir as películas em todo o Brasil. Em 1959 é convidado por José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o famoso Boni, na época da TV Excelsior de São Paulo, a fazer um programa de variedades que fica no ar até 1962. Neste mesmo ano começa a produzir um de seus filmes mais famosos, o Jeca Tatu, que vai aos cinemas no ano seguinte.

Em 1961, Mazzaropi adquire uma fazenda onde inicia a construção de seu primeiro estúdio de gravação, que produzirá seu primeiro filme em cores, Tristeza do Jeca, que também será o primeiro filme veiculado na televisão pela Excelsior e a ganhar prêmios para melhor ator coadjuvante, Genésio Arruda, e melhor canção.

Cinco anos mais tarde, lança o filme O Corintiano, recorde de bilheteria do cinema nacional. Em 1972 é recebido pelo então presidente da República, o general Emílio Garrastazu Médici, ao qual pede mais apoio ao cinema brasileiro. Em 1974, roda Portugal, minha saudade, com cenas gravadas no Brasil e em Portugal.

No ano seguinte, começa a construir em Taubaté um grande estúdio cinematográfico, oficina de cenografia e um hotel para os atores e técnicos. A partir de então produz e distribui mais cinco filmes até 1979.

Seu 33º filme, Maria Tomba Homem, nunca será terminado. Depois de 26 dias internado, Mazzaropi morre vítima de um câncer na medula óssea aos 69 anos de idade no hospital Albert Einstein de São Paulo. É enterrado na cidade de Pindamonhangaba, no mesmo cemitério onde seu pai já repousava.